UMA CIDADE QUE NASCEU AO PÉ DA CRUZ
Município cearense situado
no Litoral de Camocim, Distrito de São Francisco da Cruz pertencente ao
município de Acaraú, foi emancipado com o nome de Cruz em uma consulta
plebiscitária realizada dia 08 de janeiro, com publicação no Diário
Oficial sob Lei Nº 11.003 em 14 de janeiro de 1985 e instalado em 1º de
janeiro de 1986, sendo seu primeiro mandatário João Muniz Sobrinho para
um mandato “tampão” de três anos.
Seu nome originou-se de uma cruz de madeira fincada à margem de uma
lagoa no local onde morreu um homem que, segundo alguns historiadores,
tratava-se de um retirante que morreu de fome na seca de 1825. Para
outros, o homem foi assassino por haver tirado a honra de uma donzela no
Estado do Maranhão. Os pais da moça passaram a segui-lo e o encontrando
à margem da lagoa, fizeram justiça, matando o fugitivo.
O Município de Cruz localiza-se na Microrregião do Litoral de Camocim e
Acaraú, Mesorregião do Noroeste Cearense. Tem uma área territorial de
130 Km², população atual de 24.000 habitantes e limita-se ao Norte com o
Distrito de Aranaú (Acaraú) e o Oceano Atlântico, onde ficam as praias
de Formosa, Preá e Desterro. Ao Sul, limita-se com o Município de Bela
Cruz. Ao Leste, limita-se com o Município de Acaraú tendo como linha
divisória o Rio Acaraú, antigo Rio das Garças. À Oeste, limita-se com o
Município de Jijoca de Jericoacoara tendo como divisor a Lagoa de
Jijoca, o maior lago natural do Ceará. A linha de transmissão e rede de
distribuição do Distrito de São Francisco da Cruz foi inaugurada em 31
de julho de 1972, quando era prefeito de Acaraú João Jaime Ferreira
Gomes e governador do Ceará César Cals de Oliveira Filho.
O município de Cruz tem como principais atividades econômicas, a cultura
do cajueiro e as plantações de milho, feijão e mandioca. No litoral,
destacam-se a pesca artesanal e as plantações de coqueiro. Na várzea do
Rio Acaraú, a produção de pó para o fabrico de cera de palha de carnaúba
emprega uma grande quantidade de mão de obra masculina. A indústria de
cerâmica também faz parte do setor de produção do município. Em Lagoa
dos Monteiros, uma indústria de confecção gera emprego e renda para as
mulheres da comunidade. O comercio varejista é bastante desenvolvido. O
artesanato de linha e a confecção de vestuário feminino infantil é a
atividade que mais gera emprego e renda para as mulheres do município.
Também, encontra-se na zona rural do município dezenas de casas de
farinha artesanal e pequenas indústrias caseiras de fabricação de
cajuína, produto derivado do caju. As oficinas de moto estão presentes
em todas as comunidades do município. Cinco postos de abastecimento de
combustível estão distribuídos pelo município. O município conta com
três farmácias na sede e uma na Praia do Preá. Uma agencia do Banco do
Brasil e vários bancos populares fazem a movimentação financeira do
município realizando saques e depósitos.
No setor de representação de organização social temos os Sindicatos dos
Servidores Públicos Municipais, dos trabalhadores rurais e o da
agricultura familiar, CMDS, Lions Club, CDL, Federação das Associações
Comunitárias do Município de Cruz – CE (FAC) e a Colônia de Pescadores Z
- 22.
Na Praia do Preá, dez pousadas de excelente qualidade recebem turistas
de todas as partes do mundo que vem conhecer suas belezas naturais.
Diariamente saem carros de horários de todas as comunidades rurais para a
sede do município de onde parte ônibus para Fortaleza, várias vezes ao
dia. No setor de saúde, temos o Hospital Municipal Dona Maria Muniz e
onze postos – PSF - na zona rural.
Nos seus 28 anos de emancipação politica, Cruz já foi governada por três
prefeitos e agora elegeu o seu quarto mandatário José Aldair Mendes
(Adauto), sendo o primeiro prefeito eleito pela oposição. João Muniz
Sobrinho, com quatro mandatos, Antônio Raimundo de Araújo Neto com um
mandato e Manoel Nelson Silveira com dois mandatos.
Hoje, 14 de janeiro, o município comemora seus 28 anos de emancipação
politica e a população lança todas as esperanças com um novo olhar sobe
um município que acredita em mudanças que venham a melhorar a qualidade
de vida de seu povo com o jeito petista de governar fazendo a Cruz que
queremos.
Mesmo sendo um dia festivo, a população não tem muito que comemorar,
pois a falta de emprego e renda, a onda de roubos e assaltos realizados
com frequência no município que vem aterrorizando a população, a falta
de apoio aos setores de turismo e agropecuária, a saúde e educação
precárias contribuem para que a população não se sinta estimulada a
fazer desta data um dia de festejos com alegria.
Leia mais no site do autor deste artigo: http://www.oacarau.com/2013/01/uma-cidade-que-nasceu-ao-pe-da-cruz.html#ixzz2IAJA7kIo
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